domingo, 29 de março de 2009

Do filme "Efeito Borboleta"

Depois de assistir ao filme "Efeito Borboleta" uma idéia tem me acompanhado. Lembro da sensação ao ver o filme pela primeira vez: fiquei estarrecido, indignado, frustrado... um bom filme, mas como eu fiquei incomodado com ele. Precisei ver novamente porque estava realmente mexido com todas as questoes exploradas: a possibilidade de mudar o passado, as consequencias de uma pequena alteraçao do passado, aceitar as responsabilidades advindas das minhas escolhas, fazer escolhas ou nao, aceitar a vida aqui-e-agora, consciencia na projeçao e construçao do futuro... E a questão é: se eu pudesse voltar ao passado, o que eu faria? observaria uma situação para entende-la melhor? mudaria uma decisão simples ou importante? faria ou não faria alguma coisa em certa situaçao que...
É como se fosse uma loteria diante das possibilidades que a liberdade de escolha nos dá. A sequencia dos fatos pode ser imaginavel, mas não previsivel. Então, qualquer coisa feita para "arrumar" o passado, pode "desarrumar" todo o presente e o futuro. A idéia é que mesmo que mudar algo no passado fosse possível, a imprevisibilidade das consequencias na subsequente modificação do presente realmente valeria a pena? Pois é isso, pode ser uma pena (condençao) a ser cumprida, ou uma pena (tristeza) a ser vivida dos resultados das escolhas. Mas tambem posso aceitar o que aconteceu, consciente do meu tempo presente, da impossibilidade de viagem no tempo, da minha responsabilidade referente aos resultados das minhas açoes. Dolorosa consciencia. Libertadora consciencia. Eu não sei.
Se voce pudesse viajar no tempo e voltar no seu passado, o que voce mudaria?

(Efeito borboleta é um termo que se refere às condições iniciais dentro da teoria do caos. Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz. Segundo a cultura popular, a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo…”)

quarta-feira, 25 de março de 2009

O Paradoxo da Impotência

Leitura bíblica: 2Coríntios 4.7-10

Passo 1: "Admitimos ser impotentes diante de nossas feridas, dependências e comportamentos compulsivos e que nossas vidas se tornaram ingovernáveis".

     Talvez tenhamos medo de confessar que precisamos de força e que a nossa vida já está sem controle. Se reconhecêssemos que somos impotentes, por acaso não nos sentiríamos tentados a nos render completamente na luta contra a nossa fraqueza? Parece que não há sentindo em confessar a nossa impotência e, mesmo assim, encontrar poder para seguir adiante. Trataremos desse paradoxo quando passarmos pelos Passos Dois e Três.

     A vida está repleta de paradoxos. O apóstolo Paulo nos diz: "Porém nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro para que fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós. Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca ficamos desesperados."(2COR 4.7-8).

     Essa ilustração mostra um contraste entre um tesouro precioso e um singelo recipiente no qual o tesouro está guardado. O poder vivente derramado em nossa vida do alto é o tesouro. O nosso corpo humano, com todos os seus defeitos e fraquezas, é o pote de barro. Como seres humanos, somos imperfeitos.

     Quando reconhecermos o paradoxo da impotência, poderemos sentir bastante alívio. Não temos de ser fortes sempre ou fingir que somos perfeitos. Podemos viver uma vida de verdade, com as suas lutas diárias, com um corpo humano assediado por fraquezas e, ainda, encontrar o poder do alto para seguir adiante sem estar angustiados nem desesperados. 

terça-feira, 17 de março de 2009

Impotentes como as crianças

LEITURA BÍBLICA : MARCOS 10:13-16

Para muitos de nós que estamos em processo de recuperação, as lembranças da infância estão cheias de medos porque nos sentimos indefesos. Se fomos criados em uma família fora de controle, na qual descuidavam de nós, abusavam ou nos espunham à violência doméstica e a um comportamento disfuncional, o pensamento de impotência pode ser aterrador. Talvez até tenhamos prometido nunca mais ser tão vulneráveis como quando éramos criança.
Jesus nos diz que para entrar no Reino de Deus, devemos ser como crianças, e isso inclui ser impotentes. Ele disse: "Eu afirmo a vocês que isso é verdade: quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele." (Marcos 10.15)
Em qualquer sociedade as crianças são os membros mais dependetes. Não tem nenhum poder natural para se autoproteger; Não tem meios para garantir que sua vida seja segura, cômoda e satisfatória. As crianças pequenas são particularmente dependentes do amor, dos cuidados e da proteção de outros nas suas necessidades mais básicas. Elas precisam chorar, mesmo que nem saibam exatamente do que é que necessitam. Precisam confiar sua vida a alguém que é mais poderoso que elas e têm a esperança de que serão ouvidas e cuidadas com amor. 
Se queremos curar a nossa vida, nós também temos qe admitir que somos verdadeiramente impotentes. Isso não significa que tenhamos de nos transformar outra vez em vítimas. Reconhecer a nossa impotência é uma apreciação franca da nossa situação na vida e um passo positivo para a recuperação. 

quinta-feira, 12 de março de 2009

Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!

Mário Quintana

sábado, 7 de março de 2009

Negação

Negação: "Este problema não é meu!" "Isto não acontece comigo!" Mesmo que evidente, a pessoa não percebe o que está acontecendo e funciona cegamente (em relação a este mecanismo).

A tendência a negar sensações dolorosas é tão antiga quanto o próprio sentimento de dor. É muito comum, principalmente nas crianças pequenas, a negação de realidades desagradáveis, até mesmo a substituição por uma realidade fantasiosa mais agradável; assim a pessoa realiza desejos e/ou esconde o indesejável e que simplesmente exprime a efetividade do princípio do prazer (ou seja, orientado apenas ao que gera prazer e satisfação).

Quando um paciente recebe a informação de que ele é soropositivo para o HIV, poderá entrar na fase da negação dizendo o seguinte: "Dr, esse exame que o senhor fez não é meu" ou "Esse exame está enganado, eu não sinto nada".

adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Mecanismos_de_defesa