terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sinceramente

Apesar de a honestidade e a sinceridade serem aclamadas como valores que devemos cultivar, recebem também informações de muitas diferentes estimulando a não sermos sinceros todo o tempo, ou em todos os assuntos, ou em todos os ambientes, ou em todas as situações. Ser "quase" honesto é tão distante de uma virtude quanto manter um copo de água a meio metro da boca, enquanto se está com sede.

O processo de tentarmos ser sinceros, gradualmente transforma a atitude de ódio próprio (falso amor próprio protecionista) em um espírito de auto-aceitação baseado na graça de Cristo. Nosso esforço diário deve ser de  fazer escolhas e tomar decisões que expressem a verdade do que somos em Cristo (não de quem pensamos que deveríamos ser, nem de quem alguém mais desejaria que fôssemos); significa andar no Espírito Santo, ouvir as verdades de Cristo, me guiar pelas referência do Alto e não na minha própria força, por minha próprias verdades, na minha própria e restrita referência.

"O autocontrole sobre toda a forma de pecado, egoísmo, falsidade emocional e amor degenerado é a estrada menos percorrida para a liberdade cristã. (...) Não há crescimento ser dor, integridade sem abnegação, e nenhum deles é particularmente atraente fora do amor pessoal de Jesus Cristo." (Brennan Manning)

Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. (Galatas 5.24-25)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Levo ou deixo?

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.

Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:

- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.

E o ladrão, confuso, diz:

- Dotô, eu levo ou deixo os pato?



Que exuberante exemplo de vocabulário!!! Um cômico discurso e um exemplo de comunicação não efetiva (a não ser que seu objetivo seja confundir o ladrão ou os outros, não de conversar/relacionar-se com pessoas - ser compreendido e compreender).



Fonte: http://edleuzateles.blogspot.com/2010/03/levo-ou-deixo.html

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ANATOMIA DAS EMOÇÕES

Viver é agir.
Viver é reagir.
A ação é tributária da emoção.
A reação é tributária da emoção.
Na verdade, nossa ação é uma espécie de reação.
As emoções, portanto, são onipresentes em nossas vidas.
Bem faremos se reconhecermos esta realidade.
Acontece que, por vezes, nossas emoções parecem fora de controle.
Choramos quando normalmente não choraríamos.
Sentimo-nos rejeitados com palavras que não nos miravam premeditadamente.
As palpitações aceleram e só depois percebemos.

Quando a situação estiver fora de controle, deveremos buscar, sem nenhum autopreconceito, uma ajuda profissional.
Nos casos menos dramáticos, devemos iniciar um diálogo com as nossas emoções, o primeiro passo sendo o reconhecimento do potencial positivo e negativo delas.
O segundo é desejar viver de um modo que as valorize, mas sem lhes dar todo o poder.
O terceiro é pedir a Deus sabedoria e coragem para as mudanças que precisão ocorrer, bem como perseverança porque a viagem deverá ser longa.
 

Nossas emoções estão sempre à flor da pele, mas só as percebemos quando elas nos fazem perder o equilíbrio.
Então, tendemos a culpar nossos ancestrais (e ai daquele que estiver perto de nós na hora) ou as circunstâncias que nos fazem enrubescer.
Nada podemos contra nossos ancestrais (mesmo que vivos) nem contra as circunstâncias. Só podemos agir contra nós mesmos.
Mas o melhor será agir a nosso favor.
Então, partamos do fato que as emoções são os nossos óculos. Logo, precisamos que estejam bem ajustados e limpos para que possamos ver bem.
Em seguida, separemos as emoções boas (como a da alegria) das ruins (como a explosão destrutiva), para dar vazão às primeiras e cuidar das segundas.
Nosso problema é a emoção ruim, como a raiva.
Sabemos que o sol não deve se pôr sobre a nossa raiva.
Mas como?

Devemos reconhecer que não somos capazes de não sentir raiva, quando provocados.
Devemos lembrar que as ações que vêm da raiva quase sempre trazem mais prejuízo do que lucro.
Devemos desejar que a raiva não nos controle.
Como procedemos no casos dos vícios, devemos evitar situações que nos agitem.
Devemos pedir a Deus que nos ajude nesta jornada pela paz interior.
Quando falharmos, devemos perdir perdão a Deus, ao outro e a nós mesmos pelos gestões explosivos.
Devemos ficar atentos, para que o vulcão não entre em erupção de novo.
Se cairmos, deixemos que Deus nos levante, não importa quantas vezes a queda ocorra no processo de recuperação.
 


Fonte: BOM DIA de Israel Belo de Azevedo
http://prazerdapalavra.com.br/bom-dia/5361-bom-dia-anatomia-das-emocoes.html 
http://prazerdapalavra.com.br/bom-dia/5365-bom-dia-anatomia-das-emocoes-3.html