quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Rendição versus Submissão


É importante observar que submissão não é rendição. A primeira é aceitar a realidade de forma consciente, não inconsciente. Há uma entrega superficial, mas a tensão continua. Digo que aceito quem sou, mas não aceito tão plenamente que estou disposto a agir com base nisso – de fato ser quem sou. Rendição é aquele momento em que as forças inconscientes da resistência cessam efetivamente de funcionar. O cristão agora não mais foge ao chamado do Espírito, mas aceita. "O estado emocional da rendição", escreveu o Dr. Harry S. Tiebout, "é um estado em que há uma capacidade persistente de aceitar a realidade. É um estado realmente positivo e criativo".
Quando o Cristão se rende ao Espírito no nível inconsciente, não há nenhuma batalha residual, e segue-se um relaxamento, com liberdade em relação às tensão e aos conflitos. A submissão, por outro lado, é uma aceitação sem entusiasmo. É descrita por palavras como resignação, conformidade, reconhecimento, concessão e assim por diante. Permanece um sentimento de reserva, um puxão na direção da contrariedade. A rendição produz aceitação com devoção entusiasmada.
Pelo pode que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso. Filipenses 3.21

Meditação para Maltrapilhos

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Corrida com Barreiras



E assim segue a vida, correndo, respirando, fitando o alvo, o obstáculo... Concentrando corpo e mente para alcançar o objetivo, percorrer um caminho, transpor as barreiras, chegar ao final da batalha...

Para um candidato a atleta ser efetivamente um atleta, precisa ele entregar-se ao treinamento, ao técnico, aos exercícios, à disciplina física e mental.


Para o trabalho físico, há as técnicas e os conhecimentos para saltar uma barreira com êxito.

Para o trabalho mental, igualmente valioso, também há técnicas e conhecimentos específicos.

Olhe agora, não diretamente para o esporte de alto rendimento, mas para as cotidianas batalhas, obstáculos e percursos. Trabalho físico e mental coerentemente aplicado para acabar cada dia da melhor maneira possível. Sim, isso é uma vida intencional, não escrava do piloto automático tão natural e pedante.

"Uma vida sem reflexão não merece ser vivida" disse Aristóteles. Penso eu: o que é a vida se passamos por ela desapercebidos, alheios, inconsequente, despropositados, contraídos, acorrentados, aferrados a uma visão estreita e curta?

Experimente entregar-se ao Técnico Superior e ao seu treinamento. Ele está falando, escute. Ele está orientando, atente-se. Entregue-se, ouça, aprenda, pratique, celebre, e faça melhor corrida da sua vida: A SUA VIDA.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A verdadeira humildade

“Um franciscano já idoso compreendeu a natureza teocêntrica da verdadeira humildade e fez a seguinte recomendação:

'Se você sente o chamado do espírito, então seja santo de toda a sua alma, de todo o seu coração e com todas as suas forças. Se, porém, por causa da fraqueza humana, você não pude ser santo, então seja perfeito de toda a sua alma, de todo o seu coração e com todas as suas forças.

Mas se você não consegue ser perfeito por causa da vaidade de sua vida, então seja bom de toda a sua alma. […] Mas se você não pode ser bom por causa das armadilhas do maligno, então seja sábio de toda a sua alma. […]

Se, no final de tudo, você não pode ser santo, nem perfeito, nem bom, nem sábio, por causa do peso dos seus pecados, então leve esse peso até Deus e entregue sua vida à misericórdia divina.

Se você fizer isso sem amargura, com toda a humildade e com um espírito alegre por causa da ternura de um Deus que ama o pecador e o ingrato, daí começará a sentir o que é ser sábio, aprenderá o que é ser bom, desejará ser perfeito e, finalmente, ansiará ser santo'.”
(Citado por Peter van Breeman, Let All God’s Glory Througn, p. 134)

(Brennan Manning, 2009, Confiança Cega, Mundo Cristão, p.133)