terça-feira, 27 de outubro de 2009

Grupo de Ansiedade - Informativo 07


Idéias fixas e ansiedade


Por que existem idéias fixas presentes em quadros intensos de ansiedade, depressão e pânico e como as combater?


Na depressão as idéias fixas são presentes principalmente pelo negativismo, ou seja tudo está ruim, as coisas não vão dar certo, estou mal,... isto associa se a condição neurótica da própria patologia em que o Ego (Eu) está debilitado incapaz de reagir, o que é profundamente aumentado pela baixa da auto- estima.

No caso de pânico as idéias fixas tendem a beirar a questão do medo de passar mal ou de morrer, o que também conduz a mesma fragilidade de Ego.
Nestas doenças tentar determinar o fator etiológico da idéia fixa é impossível em termos gerais. O que irá reger todo este processo será a subjetividade imposta pela afetividade o que tornará cada caso singular e único.
O tratamento de idéias fixas será por meio de técnicas de relaxamento( vide o nosso Cd), concentração e da integração deste conteúdo presente na idéia fixa por via do simbólico e de sua assimilação pela personalidade. Isto se dá junto com o reforço de Ego e de toda sua reestruturação que é extremamente bem desenvolvido pela escola analítica de C. G. Jung.
Todavia vale ressaltar que há uma ligação direta entre a ansiedade e as idéias fixas por causa do que Jung postulou no passado como Complexos. Estes são conjuntos de idéias carregadas afetivamente. Quando um paciente é tomado por um Complexo autônomo , este mobilizará toda carga da energia psíquica para si. Por vezes as idéias fixas são apenas manifestações destes Complexos, apenas um sintoma de algo mais profundo que precisa ser confrontado.
Como exemplo vou citar um caso de um paciente que teve bulimia. A base de todas as suas crises era a alta ansiedade, que gerava a compulsão alimentar e desaguava na vontade de vomitar pela culpa de ter tido um hábito alimentar voraz. Ao tratarmos o referido rapaz que em seu passado havia sido um obeso, percebemos que em tudo na vida ele era voraz. E isto o retirava fora de si. Ele era tragado por seu ímpeto, sua voracidade que manifestava se em tudo de sua vida. Assim tal rapaz quando entrava em uma compulsão de sexo, mantinha relações com várias prostitutas em uma única semana gastando mais de 4 mil reais( 2006) cerca de 3 vezes o que ganhava. Critério de seleção algum usava, apenas o prazer pelo prazer.
Ao trabalharmos seu conteúdo inconsciente de modo mais intenso esbarramos com a questão de uma tremenda inferioridade que atuava como um complexo independente. Esta força deste complexo neste paciente gerava todas as compulsões, por uma alta ansiedade na busca de compensar o que ele não achava que tinha, o mecanismo de sua voracidade. Tal rapaz após dois meses de tratamento diminuiu sua compulsão em quatro meses houve a remissão dos sintomas e com um ano de tratamento recebeu alta.

Fonte: Instituto Olhos da Alma Sã

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Grupo de Ansiedade - Informativo 06

- Técnica da Meditação -

A meditação é uma atividade desenvolvida para manter a atenção focalizada no aqui e agora de uma maneira agradável. Seu objetivo não é necessariamente conseguir um estado de relaxamento mas permitir ficarmos totalmente absorvidos no que estamos fazendo. Abandonamos os controles conscientes sobre a nossa mente, deixamos de pensar em todas as coisas que necessitamos para sermos felizes ou em todas as coisas que poderiam roubar-nos a felicidade.

Uma vez que o indivíduo consegue este estado de meditação, provoca-se uma resposta natural de relaxamento e o indivíduo obtém a tranqüilidade.

A meditação básica consiste, simplesmente, em prestar atenção à realidade do aqui e agora. Para ajudar neste processo, pode-se manter a mente repetindo um monossílabo ou concentrando-se na própria respiração.

Instruções básicas:

1) Escolha um lugar tranquilo onde não o incomodem. Retira-se durante 20 minutos duas vezes ao dia.

2) Sente-se em uma posição cômoda que suporte seu peso, de modo que diminua a tensão muscular. Não se recomenda deitar-se porque é possível que adormeça. A questão é conseguir um estado físico como o sonho, mas estado acordado.

3) Feche os olhos durante dois minutos. Abra-os durante durante um minuto. Feche-os novamente durante mais dois minutos antes de começar a repetir o monossílabo (um).

4) Repita o monossílabo "um" em silêncio, em pensamento, como um ponto de concentração. Em caso de não conseguir repetir o monossílabo em silêncio, comece repetindo em voz alta e vá diminuindo gradativamente até que consiga uma repetição em silêncio.

5) Não julgue o conteúdo de seus pensamentos ou sua adequação. Não se preocupe com seus pensamentos nem tente controlá-los; são somente pensamentos aleatórios sem importância de significados nesse momento. Se tentar dar-lhes um significado nessa hora ficará ansioso e atrapalhará o procedimento.

6) Melhorará com a prática. É essencial que pratique de forma regular. Descobrirá que se fizer assim, obterá cada vez maiores níveis de relaxamento.

Fonte: Manual de Técnicas de Terapia

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Grupo de Ansiedade - Informativo 05


Ansiedade e problemas físicos


Vem sendo extremamente comum em nossa sociedade pessoas se queixarem de transtornos alimentares( obesidade, anorexia,...), distúrbios de sono, dores físicas pelo corpo, dor de cabeça e cefaléia, irritabilidade acentuada. Isto tudo tem algo a ver com a ansiedade?

Tudo! Veja que estas queixas são comuns a quem tem depressão ou pânico. Sinto que há uma ligação intensa entre a ansiedade e a tensão nervosa uma gerando a outra e desencadeando todos estes processos.


É comum inclusive a uma pessoa ansiosa sentir dores físicas por todo corpo sem origem definida. Assim fazem exames e os mesmos não mostram absolutamente nada.

Aqui é onde o emprego das técnicas de respiração, relaxamento e meditação são mais indicados. E cada um terá de descobrir sua forma para relaxar. O uso de substancias como álcool, drogas e calmantes para tal relaxamento é enganoso e falso como disse anteriormente apenas sintomático aumentando após seu efeito a tensão nervosa e gerando vício.


Fonte: Instituto Olhos da Alma Sã

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O co-dependente em seus relacionamentos

Algumas pessoas são ótimas observadoras; interpretam rapidamente as mensagens não-verbais e intuem as necessidades dos outros; acompanham vivamente as conversas com a missão de fazer o possível para satisfazer as necessidades alheias, sejam quais forem. Abandonam a si mesmas para ser uma espécie de camaleão que sempre terá a cor que o ambiente e os outros lhe designam, mesmo sem qualquer palavra dita. Não fazem críticas, não ficam zangadas, estão sempre satisfeitas, são sempre prestativas. Consideram-se inferiores e menos qualificadas que os outros, que recebem constantemente uma palavra de elogio e admiração. O que fazem não é bom o suficiente, o que pensam não é suficientemente inteligente para ser exposto, o que precisam não é suficientemente necessário ou realmente importante, o que falariam não é suficientemente valioso para merecer atenção. Preferem calar-se, raramente discordam ou começam uma discussão. As decisões são postergadas ao máximo, sendo preferível que outro as tome.

Críticas dos outros são insuportáveis, afinal se esforça em suprir tudo o que os outros precisam. Esperam que eles retribuam sua dedicação. Mas geralmente o cuidado e a atenção dispensada não são correspondidos e ai sobrevém uma severa cobrança do “não-foi-suficiente”, a busca pelo perfeccionismo, o peso da frustração, a culpa por ter falhado no atendimento das necessidades alheias, a confirmação do seu valor menor. Comportamentos autodestrutivos podem ser desenvolvidos como forma de punição. Pensamentos e sentimentos se escurecem e é premente o refugiar-se, isoladamente, para seu momento de martírio e para não incomodar ninguém com sua infelicidade.

Esse é uma parte do mundo do co-dependente. Sua percepção da realidade e de si mesmo estão desequilibradas, perturbadas, tendenciosas. Não se trata apenas de um aprendizado que não lhe foi dado, como reivindicar seus direitos, ser assertivo, “chorar para mamar”, expor abertamente seus desejos e necessidades. Trata-se de uma violência vivenciada pela circunstância, pela dinâmica estabelecida entre seus cuidadores e entre estes e a criança. A questão não é culpar os pais, porque muitas vezes também foram vitimas da mesma violência. A questão é designar à criança um papel, com obrigações e metas que não são cabíveis a ela, pela própria estrutura psicológica que está em formação. Não é papel de uma criança satisfazer necessidades dos pais, mas o contrário, devendo ser os pais suficientemente bons para garantir o alicerce necessário, atendendo as necessidades essenciais ao desenvolvimento saudável no âmbito bio-psico-social. É preciso que os pais tenham maturidade para não usarem a criança para atender suas necessidades egoístas.

A idéia de violência que uso aqui é a de privação imposta de direitos/condições básicas e necessárias. A privação de liberdade, de afeto e de poder são as raízes da violência em todas as formas conhecidas. Diante dessas privações fundamentais, a pessoa esforça-se para suprir suas necessidades essenciais dando tudo o que os outros precisam ou pensa que desejam, esperando que estes lhe dêem atenção e até cobrando isso. Espera e cobra também as retribuições por sua dedicação usando indiretas na fala, no tom de voz, na expressão corporal, nas chantagens e prisões emocionais. Facilmente se ressente, se frustra, se retrai, e nessa luta aceita até retribuições indiretas, insuficientes para suas necessidades já distorcidas pela carência, mas ainda assim, as migalhas emocionais são aceitas e o co-dependente se esforça para se contentar com elas.

Trata-se de uma pessoa co-dependente. Alguém que “intuitivamente” percebeu que precisava abrir mão de si mesma para obter um mínimo de afeto necessário para sua sobrevivência. É vitima de uma violência que não é percebida em nenhuma das partes envolvidas até que seja uma situação bem definida e, portanto, difícil de desenrolar. Não é simplesmente um aprendizado cultural, mas um resultado de uma dinâmica de relacionamento. Possivelmente um dos pais foi vítima da mesma situação; encontra um parceiro que o ajuda da manter esse papel e repassa à criança, no seu agir cotidiano, seu padrão de pensamento, sentimento e ação, que será modelo no desenvolvimento na criança. Não é questão de querer fazer isso, mas essas dinâmicas são fortes e influenciadoras, além de invisíveis a percepção. “os torturados tornam-se torturadores” e assim se perpetua um modo-de-ser-no-mundo. Muito cedo compreenderam, intuitivamente, que todos esperavam que fossem bonzinhos e se sacrificassem pelos outros...

Há a questão da aprendizagem pelo modelo da dinâmica do relacionamento dos pais, mas também, muito cedo a criança percebe que precisa ser outra pessoa para obter o afeto e aceitação de que precisa. Geralmente isso se mostra na “obrigação” de dar/demonstrar afeto e aceitação, e ser supridora de afeto e continente de um dos pais, ou de ambos, com é o caso das “crianças-chicletes” que nascem com a perversa e ingrata missão de unir o casal.

Na verdade, os que convivem com co-dependentes (cônjuge, amigos, filhos) nunca sabem exatamente o que eles pensam; eles próprios não sabem o que esperam do relacionamento, assim, qualquer coisa lhes basta, mas a insatisfação é constante, assim como a cobrança, os desapontamentos, as críticas, a sensação de confusão e de que algo está fora do lugar.
No casamento, é fácil que o co-dependente desempenhe o papel de dominado, numa relação desequilibrada, mesmo assim descrevendo sua união como feliz. Mas a falta de honestidade, a falta de intimidade verdadeira, a solidão, o medo, a abstenção, a falta da pessoa real no relacionamento faz apenas uma felicidade mascarada, com muito esforço para manter a máscara intacta.

Por Ettore Riter

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Grupo de Ansiedade - Informativo 04


Como tratar a ansiedade?

Isto vai depender diretamente do grau de intensidade da mesma no individuo. Cada caso é um caso. Em termos gerais nós do Instituto OlhosDaAlmaSã atuamos em duas frentes:

A) Sintomática- isto envolveria o emprego de medicação alopática, fitoterapia, homeopatia e técnicas de psicoterapia queixariam a retirada do sintoma. Isto minimizaria uma eventual crise. O emprego de técnicas de meditação, respiração, relaxamento também são utilizados.
Só que isto por si só não é suficiente. A pessoa ansiosa tende a migrar a ansiedade de um ponto a outro. Posso citar exemplos de pacientes obesos que migram sua ansiedade para uma anorexia nervosa ou casos de pacientes com pânico que migram sua patologia para uma depressão ou um transtorno obsessivo compulsivo. Isto ocorre pelo deslocamento do foco de origem da doença ou seja a ansiedade é deslocada pelo tratamento sintomático. Para evitarmos tal situação junto com o tratamento sintomático utilizamos a análise de Jung em que buscamos os fatores singulares que geram a ansiedade e que caracterizam cada caso como típico. O indivíduo terá de modificar sua personalidade, buscar uma harmonia interior com sua própria essência, resgatar sua qualidade de vida, e encontrar seu sentido de vida. Muitos problemas de ansiedade são gerados por que as pessoas não encontram sentido para as suas vidas e isto independe de classe social ou cultural. Outro fator que observamos que gera muita ansiedade são as crises afetivas extremamente comuns nos dias de hoje. Os relacionamentos estão a cada dia mais superficiais. Tudo isto são focos de trabalho individual que permeiam a análise e o terapeuta auxiliará o paciente a se encontrar no sentido mais amplo da palavra.
Saliento que a ansiedade só deixará de existir quando o indivíduo se harmonizar consigo mesmo e a análise profunda pode ajudar o indivíduo a conquistar isto.

Fonte: Instituto Olhos da Alma Sã

domingo, 20 de setembro de 2009

Necessidade de Ídolos

Já faz algum tempo que Pato Donald e Mickey Mouse deixaram de encantar as crianças. Agora, elas parecem buscar personagens mais dinâmicos, detentoras de habilidades surpreendetes, admiráveis, hiperpoderosos. De Supeman, Batman a personagens japoneses que evidenciam força, coragem e o desejo de dominar o mundo.

Os jovens, por sua vez, vêm elegendo com idolatria atores e cantores famosos, que parecem espelhar o desejo dessa geração - sucesso, fama, dinheiro, admiração, reconhecimento incondicional, garantia de ter sempre quem complemente sua vaidade. Tudo acontece de forma intensa, rápida como se a vida fosse acabar no momento seguinte.

A devoção a celebridades leva-nos a pensar na natureza humana e em fenômenos vinculados à história e à cultura dos povos. Os primeiros ídolos eram figuras de deuses. Com o passar do tempo, líderes políticos, revolucionários, intelectuais e artistas experimentaram a idolatria.

Com o advento do capitalismo, caracterizando a sociedade de consumo, os movimentos de massa trouxeram novas demandas para o homem, criando novos ídolos. Símbolos da cultura pop encantam, fazendo com que o desejo de muitos se limite a copiar modelos fantasiosos de uma realidade mascarada. São oferecidas à identificação de crianças, adolescentes e jovens figuras que as alienam e desrespeitam a dimensão intelectual, empobrecendo o pesamento crítico.

O que querem realmente os adolescentes e jovens dos dias atuais? Seria essa correria por espaços virtuais e concretos (reais) uma forma de encontrar respostas que conseguissem preencher o intolerável sentimento de solidão, o vazio e o incômodo decorrente da inabilidade em se comunicar? Ou pela falta de figuras significativas que os ajudassem na busca de sentindos para a vida?

O querem os jovens que não encontram em seu espaço de referência maior, suas famílias, em pessoas mais próximas, como seus irmãos e amigos? Talvez para esses jovens as referências não mais estejam no núcleo familiar nem em outros grupos sociais.

O homem da atualidade parece usar o tempo de forma a entender as demandas da sociedade; evita situações onde a intimidade se faça presente. Precisa de ídolos e sofre o infortúnio de vê-los morrer como se eles fossem pessoas integrantes de seu mundo real.

Artigo escrito pela Dra. Célia Maria Ferreira da Silva Teixeira - psicoterapeuta.

Fonte: Jornal O Popular.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A dificuldade de dizer não ou sim

A necessidade narcisista de sermos amados nos torna covardes e nos leva a assentir DURANTE TODA minha infância, eu dizia "não" mesmo quando queria dizer "sim". Usava o não como uma palavra de apoio, uma maneira de começar a falar. Minha mãe: "Vou sair para fazer compras; algo que você gostaria para o jantar?". Eu, enérgico: "Não", acrescentando imediatamente: "Sim, estou a fim de ovos fritos (ou sei lá o quê)".Os adultos tentavam me corrigir: "Então, é sim ou não?". "Não, é sim", eu respondia. Entendi esse meu hábito muito mais tarde, quando li "O Não e o Sim", de René Spitz (ed. Martins Fontes).


No fim da faculdade, Spitz era um dos meus autores preferidos, o único, ao meu ver, que conciliava a psicanálise com o estudo experimental do desenvolvimento infantil. No livro, pequeno e crucial, Spitz nota que, nas crianças, o uso do "não" aparece por volta do décimo oitavo mês de vida, logo quando elas costumam falar de si na terceira pessoa, como se precisassem (e conseguissem, enfim) se enxergar como seres distintos dos outros. Para Spitz, a aquisição da capacidade de dizer "não" é um grande evento da primeira época da vida: a conquista da primeira palavra que serve para dialogar e não só para designar um objeto. Mas, cuidado, especialmente no segundo ano de vida, o "não" teimoso da criança não significa que ela discorde do que está lhe sendo proposto ou imposto: a criança diz "não" para afirmar que, mesmo ao concordar ou obedecer, ela está exercendo sua própria vontade, a qual não se confunde com a do adulto.Em suma, durante muito tempo, eu persisti na atitude de meus dois anos.

Mais tarde, consegui me corrigir. Mas em termos; sobrou-me uma paixão pelas adversativas: mal consigo dizer "sim" sem acrescentar um "mas" que limita meu consentimento. É um jeito de dizer que aceito, mas minha aceitação não é incondicional. "Vamos ao cinema?". "Sim, mas à noite, não agora."O uso do sim e do não, no discurso de cada um de nós, pode ser um indicador psicológico valioso. Mas, para isso, é preciso distinguir entre "sim" e "não" "objetivos", que têm a ver com a questão da qual se trata (quero ou não tomar café ou votar nas próximas eleições), e "sim" e "não" "subjetivos", que são abstratos, ou seja, que expressam uma disposição de quem fala, quase sem levar em conta o que está sendo negado ou afirmado.

Se o "não" subjetivo é um grito de independência, o "sim" subjetivo é uma covardia, consiste em concordar para evitar os inconvenientes de uma negativa que aborreceria nosso interlocutor.Alguns exemplos desse "sim" covarde (e, em geral, objetivamente mentiroso). "Respondeu à minha carta?" "Sim, já mandei." "Gostou de minha performance?" "Sim, adorei." "Quer me ver de novo?" "Sim, te ligo amanhã." Mas também: "Você vai assinar a petição para expulsar os judeus do ensino público?" "Claro, claro, estou assinando."Acontece que dizer "não" é arriscado. A confusão com o outro, aquela confusão que ameaça a primeira infância e contra a qual se erguia nosso "não" abstrato e rebelde, é substituída, com o passar do tempo, por mil dependências afetivas: "Desde os meus dois anos, não sou você, não me confundo com você, existo separadamente, mas, se eu perder seu amor (sua amizade, sua simpatia, sua benevolência), quem reconhecerá que existo? Será que posso existir sem a aprovação dos outros?".

Em suma, o sim subjetivo é um consentimento abstrato (o objeto de consenso é indiferente e pode ser monstruoso), pois o que importa é agradar ao outro, não perder sua consideração. A necessidade narcisista de sermos amados nos torna covardes e nos leva a assentir. Por sua vez, nossa covardia fomenta explosões negativas, tanto mais violentas quanto mais nossa concordância foi preguiçosa. À força de dizer "sim" para que o outro goste de mim, eu corro o perigo de me perder e, de repente, posso apelar à negação abstrata, espalhafatosa e violenta, só para mostrar que não me confundo com o outro, penso com a minha cabeça.

Bom, Spitz tinha razão, o uso do não e do sim permitem o diálogo humano. Mas é um diálogo que (sejamos otimistas) nem sempre tem a ver com as questões que estão sendo discutidas; ele tem mais a ver com uma necessidade subjetiva: digo "não" para me separar do outro ou digo "sim" para obter dele um olhar agradecido. Nos dois casos, tento apenas alimentar a ilusão de que existo.

Fonte: Texto de Israel Belo

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Grupo de Ansiedade - Informativo 03


O que causa a ansiedade? Ela é comum em nossa sociedade?



Sim é extremamente comum. Hoje em dia aproximadamente 54% da população geral sofre algum tipo de ansiedade patológica que coloca o indivíduo fora de controle abalando seu sistema nervoso. O estresse hoje atinge 99% da população geral.
São causas desta ansiedade: a violência urbana, desemprego, fome, crise política, moral, econômica, social a falta de perspectiva de que as coisas vão melhorar, a banalização da cultura, massificação do pensamento coletivo em nossa sociedade, mercantilização da afetividade, crises afetivas, banalização da sexualidade e perda de contato com o sagrado, queda na qualidade de vida tudo isto fomenta o aumento da ansiedade.
Estamos em um mundo em crise de valores mais profundos, ou seja, numa crise existencial coletiva e isto tudo nos retira as certezas em que tanto nos agarrávamos. Fora isto tudo vem a globalização, a velocidade e o excesso de comunicação que na maior parte das vezes é inútil pois não conseguirmos absorver tudo. A consciência humana mudou sua temporalidade e o tempo vivencial está mais acelerado que o da natureza e isto causa a ansiedade. Temos vivido de futuro e nos esquecemos facilmente do presente e do passado.
Por último o mais triste de tudo: o ser humano vem sendo tratado como uma máquina programável, cujas reações podem ser mensuradas, avaliadas e previstas qual um autômato. Na área de saúde isto é claramente visível. A busca por "aditivos" químicos está desenfreada, drogas e mais drogas lícitas ou ilícitas. A neurociência atual que tanto fala da afetividade nos deixa claro que todo sistema nervoso é regido por contexto subjetivo em que cada um será um ser individual. Mas mesmo ela tem um racha quando encontramos toda uma "forma de programação" embutida em sua práxis. Veja o tanto de técnicas e terapias milagrosas que são anunciadas o tempo todo pela mídia. Estamos na era da panacéia desvairada, a droga milagrosa que vai retirar seu sofrimento urgente, da psicoterapia curtíssima em 3 sessões, tudo sem trabalho nem esforço. Banalização de tudo. Quer ansiedade maior que isto?


Fonte: Instituto Olhos da Alma Sã

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Grupo de Ansiedade - Informativo 02


O que é ansiedade e quais seus principais sintomas?

É uma pré- doença que dependendo do grau e estágio pode ir agravando gradativamente conduzindo a patologias orgânicas severas como hipertensão, obesidade, ulcera, gastrite, neurose, sistema nervoso alterado,....Toda doença mental tem algumas características básicas:

A. O grau de intensidade: leve, moderado, agudo (insuportável);
B. A duração do sintoma: se tem durado mais de 15 dias sem a diminuição da intensidade;
C. A dinâmica: o acúmulo de 4 ou mais sintomas dos descritos abaixo;
D. O grau de fixação: a dificuldade em encontrar saída para o problema;
- São sintomas dos transtornos de ansiedade:
* Neurose ativada - dificuldade em mediar a vontade do Eu(ego) com as demais instancias da personalidade e as situações da vida.
* Esgotamento nervoso;
* Esgotamento físico;
* Stress;
* Dificuldade em administrar afeto, tempo e realidade;
* Nervosismo e irritabilidade acentuados;
* Apatia e cansaço profundo;
* Somatização - criação de sintomas físicos sem fundo orgânico
justificável;
* Compulsão e ou obsessão;
* Persecutoriedade - mania de perseguição;
* Sistema imunológico abalado- surgimento de diversas patologias como: cardiopatias,problemas gástricos, infecções, problemas de pele,...
Fonte: Instituto Olhos da Alma Sã

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Entenda a depressão

A depressão é um transtorno mental comum, que é diferente de "sentir-se triste", e não é algo que as pessoas conseguem simplesmente "superar".

A doença, que tem como base a alteração de substâncias químicas no cérebro, é caracterizada por sintomas persistentes, como humor depressivo e/ou deprimido, alterações de apetite e/ou de peso, alterações dos padrões do sono, agitação ou retardamento psicomotor, fadiga ou falta de energia, sentimentos de inutilidade ou culpa sem nenhum motivo consistente, dificuldade de raciocinar ou de se concentrar, pensamentos de morte ou suicídio.

A depressão tem forte impacto social e econômico na vida dos paciente e familiares, especialmente se considerar que o pico de incidência ocorre entre os 35 e 44 anos, período mais produtivo de homens e mulheres.

Mulheres e depressão
O sexo feminino é mais frágil à depressão. As mulheres têm duas vezes mais chances de ter o transtorno em relação ao homem. No Brasil, cerca de 15% das brasileiras sofrem com depressão.

Hoje em dia, é sabido que esta diferença entre os sexos deve-se não só a fatores externos, sociais e típicos da personalidade feminina, mas também, de forma importante, a fatores orgânicos relacionados aos hormônios femininos durante o ciclo reprodutivo da mulher.

A prevalência maior da depressão em mulheres está diretamente influenciada pelos períodos críticos do ciclo reprodutivo. Na fase da peri-menopausa (até quatro anos antes e um após a menopausa), por exemplo, as mulheres são sensíveis às marcantes alterações hormonais que sofrem, ficando, assim, mais vulneráveis aos sintomas depressivos.

Muitos fatores externos e sociais tornam a mulher contemporânea mais suscetível à depressão e podem servir de gatilho para o surgimento do transtorno depressivo: jornada dupla de trabalho, filhos e maridos exigentes, pressões diárias, problemas nos relacionamentos, eterna insatisfação com a aparência etc.

Fonte: http://revistacorpore.com.br
Por Ettore Riter

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Grupo de Ansiedade - Informativo 01


- Especificação da ansiedade -

1 O grau de intensidade dos sintomas;
2 A duração dos sintomas;
3 A dinâmica psíquica e física;
4 O grau de fixação dos sintomas;
Estes são alguns dos critérios que utilizamos em consultório para avaliar a situação de um paciente frente a uma determinada patologia.
Somamos a isto o histórico de outras patologias, a história de vida (social, afetiva, familiar,
pessoal ), a análise do inconsciente, uma avaliação da clínica - geral,...
Para nós cada caso é um caso. Devemos levar em conta que no surgimento de vários sintomas de forma que você comece a ter problemas, você deverá procurar um especialista de sua confiança. A avaliação pessoal sempre será indispensável.
Especificação da ansiedade:
Nome: Ansiedade generalizada
F41. 1 - 300.02 - Ansiedade Generalizada
(Inclui Transtorno de Excesso de Ansiedade da Infância)
Nomes populares: ansiedade, inquietude, irrequieto, angústia (muito embora tal emprego popular seja inadequado), nó na garganta.
Principais sintomas:
- Estresse (vide os sintomas do estresse neste website);
- Neurose ativada - dificuldade em mediar a vontade do Eu (ego) com as demais instancias da personalidade e as situações da vida.
- Esgotamento nervoso;
- Esgotamento físico;
- Stress;
- Dificuldade em administrar afeto, tempo e realidade;
- Nervosismo e irritabilidade acentuados;
- Apatia e cansaço profundo;
- Somatização - criação de sintomas físicos sem fundo orgânico justificável;
- Dores físicas sem origem específica (geralmente decorrentes da tensão nervosa-especialmente a dor de cabeça e dor no pescoço);
- Compulsão (incluindo todos os transtornos alimentares: obesidade, anorexia nervosa, bulimia, dismorfia);
- Persecutoriedade (mania de perseguição);
- Presença de idéias fixas (por vezes com alta intensidade beirando a obsessão/ mania);
- Sistema imunológico abalado-surgimento de diversas patologias como:
problemas circulatórios,
problemas gástricos, infecções, problemas de pele,...
- Dificuldades para dormir ou relaxar;
- Insatisfação com a vida;
- Agitação desnecessária;
- Sentimento de inadequação;
Falar de ansiedade sugere um problema genérico não específico que pode migrar a diversos outros quadros patológicos específicos como fobias, episódios depressivos,...
Prognóstico: A ansiedade associa se diretamente a estrutura de personalidade de um indivíduo. O paciente pode encontrar sua cura caso desenvolva um profundo trabalho de reestruturação de sua personalidade, de seus hábitos e estilo de vida e para tal faz necessário um mergulho na vida psíquica do paciente por meio de uma análise ou de uma psicoterapia profunda.
Todo prognóstico (evolução da doença) depende de:
- do enfoque e acompanhamento terapêutico;
- da forma em que o paciente conduzir seu processo;
- do apoio e suporte familiar quando possível;
Nós profissionais de saúde somos responsáveis por 50% da evolução clínica de um paciente. Na maior parte das vezes somos orientadores e acompanhantes de todo um processo terapêutico. Os outros 50% para um êxito dependem da vontade do paciente em melhorar.
Prognóstico quando não tratada a doença:
A ansiedade tem alta carga cumulativa migrando de um estado patológico a outro (por exemplo, de uma compulsão alimentar a um quadro de insônia acentuada) com enorme facilidade. Por si só a ansiedade não mata, mas agrava de forma irreversível um quadro patológico (por exemplo, uma complicação pulmonar, uma cardiopatia) agravando o quadro clínico de forma irreversível. A carga cumulativa da ansiedade também migra com facilidade a dependência química de medicações, drogas ilícitas, e a toda sorte de vícios. Também gera e intensifica quadros como a depressão, fobias, transtorno de pânico, outros transtornos, doenças somatomórficas, com alto comprometimento orgânico.
Geralmente pacientes com alta ansiedade tendem a manifestar sobre tudo quadros ligados ao apetite, gastrites nervosas e úlceras (em casos mais acentuados transtornos alimentares - obesidade, anorexia, bulimia).
Outro aspecto comum a quem manifesta alta ansiedade são os transtornos de sono a hipersônia (dormir muito) ou a insônia (dormir pouco). Isto gera o descontrole e o desequilíbrio do humor agravando ainda mais o quadro da ansiedade.
Dores físicas são comuns em todo corpo variando em cada indivíduo, geralmente com a remissão do sintoma a medida em que a ansiedade é controlada e o paciente submeta se ao tratamento da forma correta.
Em alguns pacientes é comum o surgimento de dificuldades respiratórias (falta de ar) e ou a
"pressão no peito". Comumente associa se tal questão a alergias, asma, bronquites quando o paciente já apresenta tal patologia.
Formas de tratamento:
O uso de medicamentos não irá resolver o problema de uma alta ansiedade na vida de um paciente. Faz se necessário a reestruturação da forma de vida com a busca de uma maior qualidade de vida. Medicamentos vão auxiliar em crises de ansiedade mais intensas por períodos específicos.
Medicamentos auxiliam o tratamento da ansiedade de uma forma sintomática. Se um paciente não modificar sua própria vida, seus hábitos, e apenas tomar medicamentos, assim que ele parar com os remédios os sintomas vão retornar, o que a médio prazo pode tornar se um ciclo vicioso gerando a dependência física e psíquica pelo hábito da
ingestão de ansiolíticos e calmantes.
O uso de medicamentos em casos de ansiedade deve ser rigorosamente feito com o acompanhamento de um médico com total cautela.
-Medicação:
Alopáticos em casos mais graves com remédios controlados como ansiolíticos e calmantes;
Homeopatia, acupuntura e fitoterapia em casos de ansiedade de menor intensidade;
-Análise e psicoterapia de base humanista. é de vital importância que um tratamento em psicoterapia trabalhe com o inconsciente de um paciente, com seus instintos, com a reestruturação da personalidade, com a tomada de consciência caso o tratamento seja feito de forma mecânica e superficial o paciente piorará de forma significativa migrando sua doença a outro estado patológico, o que ocorre com muitos pacientes que se tratam com
abordagens superficiais ou mecânicas.
-Atividade física: o melhor tratamento para ansiedade constitui a atividade física acompanhada por educadores físicos habilitados na área de saúde. Um programa bem desenvolvido de condicionamento tenderá a corrigir questões hormonais básicas diminuindo a ansiedade de um paciente.

Fonte: Instituto Olhos da Alma Sã.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Parceria de Prestação de Contas

O que fazer e o que não fazer?

Não existe uma regra geral para que a relação de parceria seja saudável. Aliás...o que é ser saudável em tal relação?
É ter encontros descontraídos e superficiais? Ou encontros extremamentes difícieis e profundos?
É acreditar piamente que estou confessando algo de minha história de vida que supostamente é dificil de dizer? Ou dizer coisas obscuras de minha alma que eu acredito ser a verdadeira causa dos meus problemas?
É crer que a outra pessoa é capaz de curar meus males e exorcizar os meus "demônios"? Ou agir pretensiosamente crendo que a outra pessoa não tem a chave para a cura ou exorcismo da minha alma?

Difícil não?

Se formos persuadido pela a idéia que normalmente passa pela nossa cabeça, será fácil demais! Arrisco-me a dizer que seria a melhor maneira e a mais segura. Isso porque o nosso psiquismo possue estruturas que funcionam com o objetivo de proteger o EGO de tudo o que for ameaçador. É fácil você perceber isso. É só parar um pouco e refletir de que maneira nós nos relacionamos com o outro.

Calligaris afirma que "a medida protetora mais banal é o ataque". Por que atacamos? Atacamos para nos proteger de algo que nos ameaça ou que faz parte de nossa personalidade. Nesse sentido a relação de parceiria de prestação de contas correria o risco de ficar comprometida e acabar numa quebra de vínculo e relação um com o outro.

Vai aí algumas dicas que podem ser saudáveis na sua relação de parceiria:

1) Não idealize o outro;
2) Não busque a cura no outro e nem do outro;
3) Fale, mas também ouça;
4) Não faça julgamento de valores nem juízo de moral;
5) A realidade psiquíca é do outro e faz sentido para o outro e não para você;
6) Seja honesto e transparente;
7) Ore pelo outro para que Deus faça o melhor pra ele e não para você;

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sobre o Processo de Mudança

O processo de mudança, crescimento ou amadurecimento é um tempo difícil, mas sempre muito importante. Trata-se de um processo, o que significa que são passos após passos, etapas sendo vencidas e superadas. É um processo longo, ora com dor tolerável, ora com dor indizível. Dor de cabeça, dor de barriga, dor de consciência, dor no coração, não importa, são dores que valem muito para quem as sente. Elas podem ser bastante tentadoras para nos fazer desistir da caminhada da mudança; desistir é uma solução permanente para um problema temporário.
À presença da dor, some-se ainda a falta de compreensão e empatia que comumente se apodera dos que estão próximos da pessoa que sofre; isso acrescenta um pouco mais de peso à sua dor psíquica, porque da descomunicação decorrem cobranças, julgamentos, aqueles olhares que dizem tudo, aqueles comentários que não dizem nada, mas que infelizmente são ouvidos, e para piorar, uma condenação à solidão da sua questão. Nos momentos mais difíceis é que se precisa de pessoas com ombros amigos e ouvidos atentos. É mais fácil não encontrar ninguém disponível ou línguas duras, dedos erguidos, olhos opacos, ouvidos distantes.
É um cenário desolador, dissolvedor de esperanças. Graças a Deus não estamos sós nessa jornada; não estamos por nossa conta, em nossa própria força, pois nosso Poder Superior, chamado Jesus Cristo, está com sua graça e misericórdia nos acolhendo e fortalecendo. Isso acontece por meio das generosas pessoas que estendem as mãos para os que sofrem. A perfeição de Jesus habita em nós com Ele. Não há limites para isso, a não ser que desistamos Dele; facilmente desistimos do outro e de nós mesmo, mas Ele nunca desiste. Mesmo ainda pecadores Ele morreu por nós.
No discurso estamos ligados a Jesus, mas as ações não correspondem, assim desistimos Dele para ficarmos apenas com nossa sensação de poder e controle, que são falsos, e ai o processo de maturação e santificação emperra. A estagnação (acomodação) acontece porque nos bastamos a nós mesmo; não há entrega a Deus de tudo que compõe a vida, cada coisa: pequena ou grande, bonita ou feia, especial ou ordinária. Imaginamos que estamos fazendo alguma coisa na força do falso poder, acreditamos que estamos bem, que estamos realizando algo, e até realizando em nome de Deus, mas é ilusão e nada tem valor real, porque é carnal (deixar a sabedoria e dependência de Deus de lado e ficar com sua própria força e sabedoria humana).
O processo de crescimento – o caminho da recuperação, o permanecer e a serenidade – não nos pertence, exatamente porque não produzimos nada disso em nossas vidas. Mas Ele faz maravilhas na vida de que realmente confia Nele e se entrega; sua graça e misericórdia são surpreendentes e infindáveis.
Por Ettore Riter

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Video sobre PPC

Esse é um pequeno e divertido vídeo, uma animação com a qual podemos ilustrar a parceria de prestação de contas.
Nossa sujestão é que você assista e discuta com seu parceiro ou padrinho.
Boas reflexões e divirtam-se.

Penguins of Madagascar - Needle point_leg-br
(http://www.4shared.com/video/WQDtR0R6/penguins_of_madagascar_-_needl.html)

domingo, 26 de julho de 2009

Eu sou codependente?

Co-dependência é a inabilidade de manter e nutrir relacionamentos saudáveis com os outros e consigo mesmo. Nos relacionamentos co-dependentes não existe a discussão direta dos problemas, expressão aberta dos sentimentos e pensamentos, comunicação honesta e franca, expectativas realistas, individualidade, confiança nos outros e em si mesmo.

As perguntas a seguir servem para identificar possíveis padrões de codependência.
Somos conscientes que o Autoconhecimento é um assunto muito sério e por sua vez pessoal. Esperamos que estas perguntas possam ser-lhe úteis...
1. Você se sente responsável por outra pessoa? Seus sentimentos, pensamentos, necessidades, ações, escolhas, vontades, bem-estar e destino?
2. Você sente ansiedade, pena e culpa quando outras pessoas têm problemas?
3. Você se flagra constantemente dizendo "sim" quando quer dizer "não"?
4. Você vive tentando agradar aos outros ao invés de agradar a si mesmo?
5. Você vive tentando provar aos outros que é bom o suficiente? Você tem medo de errar?
6. Você vive buscando desesperadamente amor e aprovação? Você sente-se inadequado?
7. Você tolera abuso para não perder o amor de outras pessoas?
8. Você sente vergonha da sua própria vida?
9. Você tem a tendência de repetir relacionamentos destrutivos?
10. Você se sente aprisionado em um relacionamento? Você tem medo de ficar só?
11. Você tem medo de expressar suas emoções de maneira aberta, honesta e apropriada?
12. Você acredita que se assim o fizer ninguém vai amá-lo?
13. O que você sente sobre mudar o seu comportamento? O que impede-lhe de mudar?
14. Você ignora os seus problemas ou finge que as circunstâncias não são tão ruins?
15. Você vive ajudando as pessoas a viverem? Acredita que elas não sabem viver sem você?
16. Tenta controlar eventos, situações e pessoas através da culpa, coação, ameaça, manipulação e conselhos, assegurando assim que as coisas aconteçam da maneira que você acha correta?
17. Você procura manter-se ocupado para não entrar em contato com a realidade?
18. Você sente que precisa fazer alguma coisa para sentir-se aceito e amado pelos outros?
19. Você tem dificuldade de identificar o que sente?
20. Tem medo de entrar em contato com seus sentimentos como raiva, solidão e vergonha

Fonte: CoDA - Codependentes Anônimos
http://www.codabrasil.org/diag1.htm


Por Ettore Riter

O que é um co-dependente?

Co-dependente é a pessoa que desenvolve seus relacionamentos baseados nos problemas de outras pessoas. Seu foco está no outro e o vínculo estabelecido com este não é o amor ou a amizade, mas o poder e o controle. Assim, seus relacionamentos estão mais para doentes (com exigência e implicações) que para saudáveis (com liberdade e crescimento mútuo). Sua atitude em geral é ser bastante solicito e pronto para ajudar, mas sua motivação não é o bem e a generosidade, embora pareça isso, e sim o poder e o controle sobre o outro e as circunstâncias. Espera que lhes sejam gratos por suas intervenções; o não reconhecimento pela ajuda prestada gera forte frustração, enchendo-se de ira e indignação. No fundo o co-dependente acredita que pode mudar o outro e que suas ações, pensamentos e julgamentos são sempre os mais acertados – geralmente é perfeccionista. Seus relacionamentos são criados para transformar os outros e sua qualidade de vida está em relação direta com a qualidade de vida dos outros, com os quais tem vínculos bem estreitos.
Por Ettore Riter

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Tristeza Construtiva

Leitura Bíblica: 2Coríntios 7.8-11

Princípio 4: Unilateralmente e abertamente analiso e confesso todas as minhas falhas a mim mesmo, a Deus e a alguém de minha confiança.

Passo 4: Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.


Todos temos de lutar contra a tristeza. Podemos tentar escondê-la ou ignorá-la. Podemos afogá-la rendendo-nos à nossa adicção; ou lidemos com ela de maneira racional para não senti-la. Mas a tristeza não vai embora. Precisamos aceitar que a tristeza fará parte do processo ao fazer o inventário.

Nem sempre a tristeza é algo ruim para nós. O apóstolo Paulo tinha escrito uma carta ao crentes Coríntios. Essa carta provocou muita tristeza porque confrontou os coríntios com algo errado que estavam fazendo. A princípio, ficou com pena, pensando que os tinha machucado, mas, depois, disse: "Mas agora estou alegre, não porque vocês ficaram tristes, mas porque aquela tristeza fez com que vocês se arrependessem. Aquela tristeza foi usada por Deus, e assim nós não causamos nenhum mal a vocês. Pois a tristeza que é usada por Deus produz o arrependimento que leva à salvação; e nisso não há motivo para alguém ficar triste. Mas as tristezas deste mundo produzem a morte. Vocês suportaram a tristeza da maneira que agrada a Deus... Em tudo isso vocês mostraram que não tiveram culpa naquele caso."(2Coríntios 7.9-11)

Jeremias disse: "Ele pode fazer agente sofrer, mas também tem compaixão porque o seu amor é imenso. Não é com prazer que ele nos causa sofrimento ou dor."(Lamentações 3.32-33)

A aflição dos coríntios foi boa, pois foi produto de uma honesta avaliação interna e não de uma mórbida autocondenação. Podemos aprender a aceitar nossa tristeza como um aspecto positivo da recuperação e não como um castigo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Deus Conceda-me a Serenidade...

Leitura Bíblica: Gênesis 37-45

Há momentos em que a vida nos trata de maneira injusta. É possível que protestemos contra a injustiça, façamo-nos vítimas de autopiedade, mergulhemos numa atitude de "pobre de mim" ou afundemos em depressão. Nessas horas, quando a vida é injusta, no entanto, o que precisamos mesmo é serenidade.

Se alguém, no decorrer da história, tivesse que dizer que foi tratado injustamente, essa pessoa seria José. Ele era um dentre doze filhos, o favorito de seu pai. No seu ciúme, os dez irmãos mais velhos de José encenaram a sua morte a fim de enganar o pai. Venderam José como escravo, sendo este levado ao Egito. Uma vez escravo, José empenhou-se em servir bem seu patrão e, rapidamente, foi promovido. Então, ele foi tentado pela mulher de seu patrão e, quando José se recusou a deitar com ela, foi acusado falsamente de violação. Jogado na cadeia sem esperança de libertação, ele, novamente, fez o melhor para servir. Em seguida, foi lhe confiada a administração da prisão. Finalmente, depois de muitos anos, José foi libertado. Foi promovido a posição de primeiro ministro do Egito. Nessa posição, José foi capaz de confrontar e perdoar seus irmãos, qie o haviam vendido como escravo muitos anos antes.

Requer-se serenidade, coragem e sabedoria para se manter uma atitude saudável quando a vida não é justa. Não podemos mudar o fato de nosso mundo ser imperfeito e as coisas estarem muito aquém do jeito que deveriam ser, mas nós podemos escolher as atitudes a serem tomadas. Necessitamos obter serenidade de Deus para que Ele nos ajude a encarar com otimismo as ocasiões quando somos tratados injustamente. Necessitamos de sabedoria para saber se devemos lutar contra a injustiça ou tirar o melhor duma situação ruim.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Inventário para a Recuperação

Leitura Bíblica: Apocalipse 20.11-15

Princípio 4: Unilateralmente e abertamente analiso e confesso todas as minha falhas a mim mesmo, a Deus e a alguém de minha confiança.

Passo 4: Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.


É possível que não desejemos fazer um inventário moral de nossas vidas; é normal que queiramos evitar um exame pessoal. Mas, no fundo, provavelmente, sintamos que chegará um dia em que teremos de encarar a verdade sobre nós e sobre a nossa vida.

A bíblia nos diz que virá um dia quando será feito um inventário da vida de cada pessoa. Ninguém poderá se esconder. Na visão do João, ele viu "um grande trono branco e aquele que está assentado nele. A terra e o céu fugiram da sua presença e não foram vistos mais. Vi também os mortos, tanto os importantes como os humildes, que estavam de pé diante do trono. Foram abertos livros, e também foi aberto outro livro, o Livro da Vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que cada um havia feito, conforme estava escrito nos livros... Quem não tinha o seu nome escrito no Livro da Vida foi jogado no lago de fogo."(Apocalipse 20.11-12,15)

É melhor fazer agora nosso inventário moral terrestre para que possamos estar preparados para o que virá. Toda pessoa cujo o nome estiver escrito no Livro da Vida será salva, incluindo todas aquelas pessoas cujos os pecados tenham sido expiados pela morte de Jesus. Os que rejeitaram a oferta divina de misericórdia serão julgados segundo as suas obras registradas "nos livros". Ninguém passará nessa prova! Talvez, agora, seja um bom momento para nos assegurar de que o nosso nome esteja no livro correto. Saber que os nossos pecados estão cobertos pelo perdão de Deus pode nos ajudar a examinar a nossa vida sem temor e com sinceridade.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Apontando o Dedo

Leitura Bíblica: Mateus 7.1-5

Princípio 4: Unilateralmente e abertamente analiso e confesso todas as minhas falhas a mim mesmo, a Deus e a alguém de minha confiança.

Passo 4: Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.

É provável que tenha havido momentos nos quais ignoramos os nossos pecados e problemas e apontado o dedo para alguém. Talvez não estejamos em sintonia com os nossos assuntos internos porque ainda estamos culpando outros pelas nossas decisões morais. Ou, talvez, evitemos um auto-exame fazendo inventários morais das pessoas que nos rodeiam.

Quando Deus perguntou a Adão e a Eva sobre o pecado deles, eles apontaram o dedo para o outro. "Aí Deus perguntou: 'E quem foi que lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu o fruto da árvore que o proibi de comer?' O homem disse: 'A mulher que me deste para ser a minha companheria me deu a fruta, e eu comi.' Então o Senhor Deus perguntou à mulher: 'Porque você fez isso?' A mulher respondeu: 'A cobra me enganou, e eu comi.' " (Gênesis 3.11-13). Culpar os outros como primeira tática de defesa parece ser próprio da natureza humana.

Também podemos fugir dos nossos problemas avaliando e criticando os outros. Jesus disse: "Porque é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem o cisco que está no olho do seu irmão." (Mateus 7.3,5).

Enquanto praticamos esse passo, devemos lembrar, constantemente, que esse é um tempo de auto-exame. Devemos cuidar para não culpar e examinar a vida de outros. No futuro, haverá oportunidade para ajudar outros, depois que nos tornarmos responsáveis pela nossa própria vida.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Benção da Dependência Divina

Oração da Fragilidade - Larry Hein

"Que todas as suas expectativas sejam frustradas,
Que todos os seus planos sejam atrapalhados,
Que todos os seus desejos definhem até a insignificância,
Que você possa experimentar a impotência e a pobreza de uma criança,
cantar e dançar no amor de Deus, que é Pai, Filho e Espírito".

(extraido de O impostor que vive em mim, Brennan Manning)

Influência Familiar

Leitura Bíblica: Neemias 9.34-38

Princípio 4: Unilateralmente e abertamente analiso e confesso todas as minhas falhas a mim mesmo, a Deus e a alguém de minha confiança.

Passo 4: Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.


Nossa família de origem teve influência sobre o que somos hoje. Alguns de nós imaginam que nossa família foi ou é quase perfeita. Outros entre nós talvez queiram evitar a responsabilidade por suas ações culpando sua família. Seja qual for o caso, quando pensamos a respeito de nossa própria vida, também precisamos lidar com nossa própria família e os efeitos causados por seus membros sobre nós até o dia de hoje.

É dito a nós que os judeus que retornaram do exílio confessaram "os pecados que eles e os seus antepassados haviam cometido"(Neemias 9.2). Acusaram seus antepassados pelo cativeiro e pela situação difícil que enfrentavam. Eles disseram: Nossos antepassados não "se arrependeram das suas más ações. E agora nós somos escravos na terra que nos deste, esta terra boa que nos alimenta. Aquilo que a terra produz vai para os reis que pusestes para nos fazer sofrer por causa dos nossos pecados. Eles fazem o que querem conosco e com o nosso gado, e nós estamos profundamente aflitos"(Neemias 9.35-37).

Está certo admitir a verdade da causa que nos levou ao cativeiro. Isso pode envolver os erros cometidos por nossos pais ou outros membros da família. É perfeitamente correto expressar nossa raiva e ressentimento em relação ao que tudo isso causou em nossa vida. Tudo isso é parte do quadro real. No entanto, não é certo usar isso como desculpas por nossas escolhas erradas ou pra permanecermos em cativeiro. Nossos parentes podem ser parcialmente responsáveis por estarmos na situação atual, mas nós somos responsáveis pela locomoção própria e da nossa família para uma situação melhor.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Enfrentando a Tristeza

Leitura Bíblica: Neemias 8.7-10


Princípio 4: Unilateralmente e abertamente analiso e confesso todas as minhas falhas a mim mesmo, a Deus e a alguém da minha confiança.

Passo 4: Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.


A maioria de nós hesita em realizar um inventário pessoal honesto. São inúmeras as racionalizações e as desculpas para se evitar esse passo. A razão desse procedimento está no fato de sabermos que há uma enorme dose de tristeza à nossa espera, e tememos a dor que o enfrentamento da tristeza causará.

Os exilados judeus que retornaram a Jerusalém após o cativeiro babilônico tinham perdido o contato com Deus. Durante o exílio, não tinham recebido o ensino das leis de Deus e, consequentemente, não as praticaram. Após a reconstrução do muro da cidade e do templo, os sacerdotes congregaram o povo para ler o Livro da Lei. O povo sentiu-se carregado de tristeza e começou a chorar porque sua vida estava longe de conformar-se com a Palavra de Deus.

Os sacerdotes disseram ao povo: "Este dia é sagrado para o Senhor, nosso Deus, e por isso vocês não devem lamentar nem chorar. Vão agora para casa e façam uma festa. Repartam a sua comida e o seu vinho com quem não tiver nada preaparado. Este dia é sagrado para o nosso Deus; portanto, não fiquem tristes. A alegria que o Senhor dá fará com que vocês fiquem fortes"(Neemias 8.9-10). Para o dia seguinte, marcaram a Festa das Barracas, uma festa judaica exigida que comemorava o escape dos israelitas da escravidão do Egito e o cuidado proporcionado por Deus enquanto peregrinavam pelo deserto.

Quando avançamos para enfrentar a dor e a tristeza de realizar um inventário moral, necessitamos da "alegria do Senhor" para nos dar força. Essa alegria vem do reconhecimento, até mesmo da celebração, da habilidade de Deus nos resgatar da escravidão e cuidar de nós ao transpormos a tristeza e nos dirigirmos para uma nova forma de vida.   

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Confissão

Leitura Bíblica: Neemias 9.1-3

Princípio 4: Unilateralmente e abertamente analiso e confesso todas as minhas falhas a mim mesmo, a Deus e a alguém da minha confiança.

Passo 4: Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.


Ao fazermos nosso inventário moral, provavelmente faremos uma lista de nossos hábitos destrutivos, das nossas falhas de caráter, dos erros cometidos, das consequências das escolhas erradas com aas quais convivemos agora e dos danos que causamos a outras pessoas. É semelhante a revirar todo o lixo do nosso passado. Isso é doloroso, mas é procedimento necessário para jogar fora os hábitos e comportamentos deteriorados. Se não lidarmos com eles, certamente arruinarão todo o resto de nossa vida.

Os exilados judeus que retornaram do exílio "confessaram seus pecados". Essa frase diz muito. A idéia da confissão envolve não apenas assumir os nossos pecados, mas também inclui sentir verdadeira tristeza por causa dos mesmos. Pecados são ofensas contra Deus, inclusive toda e qualquer transgressão contra a vontade dele. A sequência natural de da verdadeira confissão, após assumirmos os nossos pecados e lamentá-los perante Deus, é abandoná-los. A confissão dos israelitas nos serve de modelo a seguir ao realizarmos o nosso inventário moral. Podemos listar as ocasiões em que ocorreram as nossas ofensas, nossos hábitos destrutivos a as consequências que causamos em nossa vida e na vida dos outros. Então, depois de nos responsabilizarmos por todo o lixo, podemos "jogá-lo na lixeira."

Na sua confissão, os israelitas assumiram, lamentaram e, então, descartaram seus pecados. Após isso, estavam melhor habilitados a fazer um novo começo. Nós podemos "assumir"o lixo em nossa própria vida ao nos responsabilizarmos pessoalmente por escolhas feitas e ações praticadas. Podemos "lamentar"os pecados permitindo-nos chorar. Podemos "descartar"os pecados deixando-os para trás e direcionando-nos para o futuro.

domingo, 17 de maio de 2009

Entrega Total

Leitura Bíblica: Tiago 4.7-10

Princípio 3: Conscientemente escolho confiar toda a minha vida e minha vontade aos cuidados e controle de Cristo.

Passo 3: Decidimos entregar nossas vidas e nossas vontades ao cuidado de Deus.



É possível que já tenhamos decidido seguir ao Senhor, permitindo que ele defina o rumo total de nossa vida. Mesmo assim, muitos de nós ainda tentamos esconder de Deus algumas partes do nosso coração. Reservamos essas zonas para agradar à nossa dicção, para fazer coisas contrárias à vontade de Deus. Isso é viver uma vida dupla, o que pode nos encher de culpa, vergonha e instabilidade.

Mesmo aqueles que entregamos o nosso coração a Deus enfrentamos cada dia novas tentações e a necessidade de tomar decisões. Tiago estava se dirigindo a crentes quando escreveu: "Portanto, obedeçam a Deus e enfrentem o diabo, que ele fugirá de vocês. Cheguem perto de Deus, e ele chegará perto de vocês."(Tiago 4.7-8).

Se decidimos viver uma vida dupla, podemos começar a duvidar se Deus nos ouve totalmente. Como Tiago escreveu: "Quem duvida é como as ondas do mar, que o vento leva de um lado para o outro. Quem é assim não pense que vai receber alguma coisa do Senhor, pois não tem firmeza e nunca sabe o que deve fazer."(Tiago 1.6-8).

Quando resistirmos ao diabo em tudo o que fizermos e nos aproximarmos mais de Deus, ele se aproximará de nós. Quando abrirmos as partes escondidas do nosso coração e começarmos a tomar decisões a favor da nossa recuperação, então estaremos mais confiantes de que Deus deseja nos ajudar. 

terça-feira, 12 de maio de 2009

Livres Para Escolher

Leitura Bíblica: Deuteronômio 30.15-20

Princípio 3: Conscientemente escolho confiar toda minha vida e minha vontade aos cuidados e controle de Cristo.

Passo 3: Decidimos entregar nossas vidas e nossas vontades ao cuidado de Deus. 


Cada um tem uma decisão de vida ou morte para fazer. Todos nós fomos criados com o supremo privilégio de possuir livre vontade, a habilidade de escolher. Mesmo quando estamos na escravidão de nossas adicções, ainda assim nos defrontamos com escolhas. Quando estamos em recuperação, enfrentamos contínua tentação de recair em nossas adicções. A liberdade de escolher traz consigo o fardo das consequências de nossas escolhas. Essas escolhas afetam a nossa vida e a vida de nossos filhos. A livre vontade é bênção e responsabilidade para nós!

Deus falou através de Moisés, dizendo: "Hoje estou deixando que vocês escolham entre o bem e o mal, entre a vida e a morte. Se vocês obedecerem aos mandamentos do Senhor, nosso Deus, que hoje eu estou dando a vocês, e o amarem, e andarem no caminho que Ele mostra, e cumprirem todas as suas leis e todos os seus mandamentos, vocês viverão muito tempo... e Deus os abençoará... Porém eu lhes afirmo hoje mesmo que, se a Deus e não quiserem obedecer... nesse caso vocês serão completamente destruídos... Nesse dia chamo o céu e a terra como testemunhas contra vocês. Eu lhes dou a oportunidade de escolherem entre a vida e a morte, entre a bênção e a maldição. Escolham a vida, para que você e seus descendentes vivam muitos anos. Amem o Senhor, nosso Deus, obedeçam ao que Ele manda e fiquem ligados com Ele. Assim vocês continuarão a viver." (Deuteronômio 30.15-20)

Embora talvez nos sintamos fora do controle em relação às nossas adicções, podemos escolher no sentido de fixar o nosso coração na direção da vida. Podemos escolher amar a Deus e começar a seguir o seu programa.